Ter pena é um dos padrões mais comum nos relacionamentos. Quando sentimos pena de alguém estamos a considerar, de forma consciente ou não, que essa pessoa precisa do nosso cuidado, ajuda e suporte porque sozinho não consegue estar bem. Consideramos que ela precisa de nós – e o ego agradece.
Esta vibração cria inevitavelmente um vínculo muito forte de apego, tornando-se muitas vezes difícil de libertar. É um padrão muito comum na mulher – os papéis são facilmente confundidos, em que um toma a função de cuidador-doador (maternal) e o outro simplesmente recebe (filho). Não há uma verdadeira troca para ambas as partes.
Quem dá: alimenta a ilusão ao outro de que ele é incapaz, pressupõe uma carência interna manifestada na necessidade de se sentir útil, porque há muito que deixou de se permitir receber. Quem recebe: sente-se impotente, sem propósito e vive alimentando-se do que os outros lhe podem dar, entrando num ciclo sem fim de vitimização.
O doador fá-lo com a melhor das intenções, mas importa reconhecer que não está a ajudar verdadeiramente o outro nem a si mesmo, por muito bonito que possa parecer “ter pena”. O ter pena só alimenta a situação que a encara como infeliz. E depois o que acontece? Tornasse infeliz e torna o outro ainda mais infeliz. E como o infeliz gosta de se sentir infeliz, gera-se uma infelicidade cíclica e viciante.
Assim vos digo que esta emoção/sentimento não tem qualquer lugar no espaço do Amor consciente. Porque se te amas a ti mesmo e ao próximo, aceitarás que absolutamente tudo foi sempre e será sempre alguma vez criado por ti mesmo. Não tem a ver com o outro, mas contigo. O outro apenas cumpre a função de espelho.
Cada um de nós tem a responsabilidade da escolha, de mudar, de mover numa nova consciência.
Então não tenham pena. Assumam esta Verdade e tenham Compaixão. Compaixão por todos os seres e por vocês mesmos acima de tudo. Pois este Amor por si só, transformará tudo e todos ao vosso redor.
Não vos foi já dito que a resposta é sempre o Amor?